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Bom, a verdade é que estou no penúltimo semestre da faculdade e estou cheia de coisas para fazer. Sem contar, é claro, que a velha rotina trabalho-estudo-estágio voltou com tudo. Meu tempo livre se resume aos fins de semana - e quando eles finalmente chegam eu consigo pensar apenas em dormir e colocar tudo em dia. Realmente está muito puxado, por isso não estou conseguindo publicar periodicamente aqui ou sequer visitar outros blogs. Sei que prometi (e devo) muitas visitas, mas simplesmente não dá, sabe? ://
Enfim, trago hoje um texto que escrevi há algum tempo e que pretendia postar na fanpage do blog, mas, no fim, percebi que era longo demais e polêmico o suficiente para discutirmos aqui. Começo o texto com uma pergunta:
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O que é ser original?
É muito difícil ser "original" hoje em dia. E esse original devemos usar entre aspas mesmo. Por que, afinal, o que é ser original? Nós sabemos que é impossível escrever livros ou criar histórias "do nada". Não somos tábulas rasas, estamos aprendendo constantemente com outros autores, textos... No entanto, é difícil classificar o que é a SUA teoria, a SUA história, a SUA ideia inédita. Como fazer isso sem que as pessoas pensem que você está copiando de alguém? E pior: de propósito?
Em primeiro lugar, é importante perguntar a si mesmo uma coisa: como vou conhecer todos os filósofos, conhecedores, escritores e poetas do mundo?? Às vezes nós fazemos referências que nem sabíamos que estávamos fazendo. Às vezes nos utilizamos de uma ideia que simplesmente veio à cabeça e que parece incrível! Ainda assim, haverá aqueles que pesquisarão e vão concluir que a ideia já é velha, copiada do Fulano Poeta do Século XIX...
É difícil. Muito difícil. Dificílimo conseguir se sobressair nesse mar de cabeças pensantes e brilhantes. Sempre precisamos estar atentos ao nosso trabalho, pesquisar incessantemente e saber quando é hora de desistir de uma ideia.
Não que a gente vá escrever sobre determinado assunto propositalmente, desejando usufruir da glória de outro escritor... Muitas vezes nossa ignorância - levando em consideração que não sabemos de TUDO o TEMPO TODO - nos prejudicará. Da minha parte, posso afirmar que as ideias muitas vezes aparecem realmente do nada, e que, por ventura, possam vir a ser parecidas com as de outro escritor. A mesma fonte misteriosa que governa as mentes dos escritores pode ter sussurrado ideias malucas e mirabolantes para você e para mais alguém... Nunca saberemos, certo?
Precisamos analisar e saber como utilizar essas ideias. Afinal, qual a graça em abordar um tema que está sendo usado por tanta gente recentemente? Criatividade é a chave. Se sua ideia é parecida com alguma já divulgada o jeito é pensar em um quê a mais. Naquilo que fará a diferença. Sem esquecer, é claro, que plágio não deve fazer parte da sua vida!!! Utilizar-se das ideias de outros escritores descaradamente para conseguir o mesmo sucesso que ele não trará nada a não ser dor de cabeça. Se você está nesse caminho, pode esquecer! Não é questão de ser "original" para ser feliz... É questão de saber como usar. Comparações são inevitáveis, infelizmente. No entanto, é sempre possível se utilizar delas.
Como? Referências. As referências podem ser uteis se utilizadas corretamente. Eu, particularmente, amo saber, ao ler um livro, que o escritor era fã de ciclano e, ao decorrer do texto, descubro aspectos que se assemelham ou diferem de ciclano. Cada escritor é cada escritor (filosofia de vida). Aos poucos, mesmo inconscientemente, moldamos nossa escrita, estilo e forma. Aos poucos, vamos percebendo o que nos agrada e como mudar aquilo que nos irrita...
No fundo - bem no fundo - ainda seremos inseguros quanto a "originalidade". Talvez você não pense nisso ainda ou talvez esse pensamento nunca tire sua noite de sono (perfeito!). No entanto, ainda tenho medo. Não daquelas pessoas que apenas julgam e desejam nos levar ao fundo do poço - para essas pessoas eu já criei barreiras. Tenho medo de sentir que ainda não alcancei meu verdadeiro potencial, que ainda não cheguei ao patamar que desejo.
E como farei isso se tanta coisa já foi escrita? Se tanta poesia já foi declamada? Tantas formas descobertas ou criadas? Tanto amor e aventura transpassados para o papel?
Não acredito que essa pergunta tenha uma única resposta e que ela seja a correta. Ou melhor, a resposta está dentro de cada um de nós. Vale a pena perder algumas horas de sono (ou mesmo a sanidade) pensando que seus textos não passam de sombras de uma coisa muito maior e melhor?
Pfff, não. Essa resposta eu sei.
Meu conselho (até para mim mesma, acreditem) é: foquem-se no seu talento. Ou no nome que queiram dar. No seu suor, batalha árdua, esforço. Não tivemos a chance de nascer em uma época de poucas leituras, em uma época em que pouquíssimos tinham a honra de escrever... Mas espera aí!! Vocês preferiam viver nessa época? Em uma época em que as mulheres não podiam ler ou escrever.... Em uma época de restrições e loucuras? Bom, tudo tem seu lado bom. A escrita está cada vez mais evoluída, mais abrangente e criativa. Todo mundo pode escrever... Ou não? :)
Enfim, termino esse texto que não deixou nenhuma resposta clara (apenas perguntas e confusão) com outra pergunta: se os grandes conseguiram criar histórias inimagináveis e que marcaram gerações, o que nos impede de conseguir também?
Enfim, termino esse texto que não deixou nenhuma resposta clara (apenas perguntas e confusão) com outra pergunta: se os grandes conseguiram criar histórias inimagináveis e que marcaram gerações, o que nos impede de conseguir também?
L. L. Alves
Pois é, esse assunto é bem delicado.
ResponderExcluirQuantas vezes já vi uma história e pensei "nossa como não pensei nisso?" ou então "Ei! Essa ideia é minha!". Realmente frustrante. E sempre corremos o perigo de sermos tachados plagiadores...Aiai!
Andou sumida mesmo mas eu te entendo boa sorte na faculdade, ah é complicado ser original hoje em dia por que praticamente tudo foi criado mas se os grandes conseguiram com certeza nós podemos também
ResponderExcluirbjos
Adorei o texto! Fiquei até meio sem saber o que comentar hehehehe
ResponderExcluirBom, acho que cada um é cada um e tem seu jeito de escrever certo? Eu sempre penso nisso quando a gente vive "brigando" (entre aspas porque é de brincadeira) com o Flavio lá na ordem porque ele põe poucos diálogos, e ele vive dizendo pra gente fazer isso também. Bom, o jeito dele de escrever é colocando poucos diálogos e muito escritores tem um jeito de escrever com muitos diálogos.
E essa questão de ser original é um pouco dificil de se discutir, às vezes acontece de uma pessoa pensar em uma coisa e se deparar com outra coisa parecida em livro tal. Quantos livros foram escritos até hoje? Será que ao menos uma coisa não vai ficar parecida com outra? Como você disse, essa ideia que vem "do nada" pode ter vindo do nada para ambas as pessoas, acontece ^^
Oi Luene!
ResponderExcluirEstou com saudades! ^^
Adorei o seu texto!! Realmente "se os grandes conseguiram criar histórias inimagináveis e que marcaram gerações, o que nos impede de conseguir também?"
É estranho pensar em obras gigantes e maravilhosas tiveram sua origem no "nada".
Não há como ser 100% original. Nós somos produto do meio onde vivemos. O que lemos, ouvimos, situações pelas quais passamos ou não...
Eu particularmente, quando crio uma estória, tendo a pensar que não existe nada muito parecido. Talvez o tema ou coisa assim, mas em minha mente, a "fonte misteriosa" de onde eu bebo está trancada a sete chaves... mas sei que isso pode não ser verdade.
O jeito é ir escrevendo, pesquisando, como você disse e torcendo para que sua grande ideia seja realmente original.
É tão chato criar uma estória, achar ela incrível e perceber que alguém já escreveu algo muito semelhante antes... =/
Na verdade, sobre esse assunto, uma coisa sempre me intrigou.
Quando escrevemos hoje, refletimos muito do que lemos, ouvimos, etc..., mas e lá nos primórdios, quando só havia a comunicação oral para contar estórias. Será tudo imaginação do "contador" original ou será que algumas dessas estórias realmente aconteceram? E até que ponto o contador inventou?
Ai..ai... pra mim esse mundo é muito maior do que a gente pensa!!
Beijussss;
Esse assunto é delicado para os escritores.
ResponderExcluirSão muitos espalhados pelo mundo e que tem otimas idéias, mas como vivemos num mundo competitivo, cabe o escritor escrever o livro em segredo e dar uma pesquisada geral no campo editorial e se não encontrar muitos resultados em seu país, mandar logo para uma editora avaliar.
Creio que os otimos livros e que parecem repetitivos são primeiramente revisados e passam por um teste pelas editoras para saber se o enredo é de qualidade ou não.
As editoras aceitam muitos originais com histórias e temas parecidos, mas é por causa do mercado editorial onde os leitores estão gostando do gênero no momento. Entretanto, isso não existia há 100,150 anos atrás. Muitos autores abordavam temas que vinham em suas vidas sem eles terem lido algo do gênero porque os livros eram caros e as editoras não eram organizadas (acho que nem existiam), fora que não existia um meio de divulgação das obras já existentes. Por isso acho que se vamos achar uma história 100% original, que seja os clássicos do século 18 e 19.
Posso estar divagando no meu comentário, mas é o que eu penso.
Adorei o post e o tema dele Lu-chan. Boa sorte na faculdade. Bjs *-*
http://peregrinodanoite.blogspot.com.br